ONDE ESTÁ O AMOR?
Por Jean Tinder
Editora do Shaumbra Magazine,
Professora do Círculo Carmesim
Janeiro foi um mês e tanto em todas as frentes. Enquanto começamos o que Adamus chama de "Ano da Separação", os acontecimentos mundiais tomaram um estranho senso de surrealismo. Eu não vou entrar na política aqui, mas às vezes eu acho difícil entender a realidade que os seres humanos estão criando para si mesmos. Então, em vez disso, eu tento manter o foco na minha própria realidade pessoal, embora sempre mutável, que foi notavelmente aumentada por várias apresentações recentes de Adamus.
Vamos começar com o Shoud de janeiro. Eu estava pensando sobre as estórias ultimamente, particularmente a minha própria e como nossas estórias tão freqüentemente determinam a nossa experiência. Se minha estória é "Estou triste, sozinha e abandonada" ou "Sou capaz, forte e inspirada", vou vivenciar qualquer uma que eu quiser.
Nós pensamos que as estórias transmitem algo do nosso passado, mas na realidade elas demonstram - e criam - a nossa experiência atual.
O que Adamus chama de hipnose é realmente apenas a estória - ou estórias – que decidimos acreditar tão profundamente que esquecemos que elas são apenas uma versão da "realidade".
Agora, na série Trans-humana e em outros lugares, ele está nos convidando para sermos sensuais, mergulhar em nossos sentidos. Por quê? Porque então nós estamos na experiência real, verdadeira em vez de analisar mentalmente, se preocupar e lamentar sobre uma memória imaginária, hipnótica.
Para mim, tudo isso ficou claro durante o merabh trans-sensual. Antes de abrir os sentidos, Adamus nos convidou a ir primeiro além da hipnose, além de nossos pensamentos mentais e programação. Mas como você libera algo que é tão próximo, que parece uma parte de você, até mesmo "quem você é"?
Em seguida, uma imagem veio à mente, inspirado por uma metáfora do Adamus usada no Keahak há algum tempo. Vi o meu Eu, minha consciência como um belo pedaço de tecido dourado, movendo-se e ondulando, solto e ilimitado pelo tempo, espaço ou matéria; capaz de se mover através de si mesma, expandindo-se e expressando-se em todas as direções e dimensões. Este tecido dourado do meu Ser era infinito em sua experiência e muito sensual!
Então percebi todas as limitações e hipnose. Elas pareciam algo como botões, ancorando o tecido em certos pontos e limitando seu movimento, expressão e experiência. Cada "botão" foi afixado a alguma estória ou memória que tinha ficado presa e embora pequenas áreas do tecido ainda pudessem se mover um pouco, não havia liberdade. O movimento ilimitado e a expressão da consciência tornaram-se ligados e limitados.
Adamus disse: "E agora, enquanto o ser humano fica sentado aqui, você, de qualquer jeito que seja apropriado, pode liberar todas as sobreposições hipnóticas."
Eu vi quando os botões começavam a se dissolver, evaporando, desaparecendo e senti como o tecido de meu Eu lentamente começou a se mover de novo, abrindo-se, ondulando livremente. Ao longo dos próximos dias, quando eu pensava no passado e me lembrava de uma estória, até mesmo uma que eu amei, eu podia sentir algum botão em algum lugar, apertando e trazendo de volta uma sensação de limitação e de dor. E toda vez que eu permitia que uma estória se dissolvesse, eu sentia um pouco mais de liberdade penetrando na minha realidade.
Agora, devo avisar que ao falar sobre estórias estou me referindo àquelas pelas quais definimos a nós mesmos e às nossas experiências - "Isto é o que aconteceu comigo. Esta é quem eu sou."
Adamus muitas vezes nos convida a embelezar nossas estórias, em outras palavras, a reinventá-las, o que as coloca - e a nós - livres para evoluir. Mas às vezes eu preciso ser lembrada, para mais tarde, que uma estória que tem sido difícil de liberar é "amor perdido." Como é que a gente embeleza – sem dizer de liberar - uma estória que é tão fresca e dolorosa? Engraçado que você tenha perguntado...
Uma semana após o Shoud, aconteceu o evento ProGnost 2017, três sessões intensas em que Adamus compartilhou um anúncio sóbrio sobre a Terra Velha e a Nova e depois contou sobre uma nova "região" na Nova Terra chamada Theos.
Tem havido muita discussão sobre Theos no grupo ProGnost do Facebook e em outros lugares, mas sua essência é um belo espaço seguro. E Adamus especificamente observou que Theos é um lugar onde podemos finalmente vivenciar o Amor verdadeiro e profundo, algo que muitos de nós não conseguimos por em prática aqui na Terra Velha.
O amor é tão freqüentemente manchado por aspectos, carma, expectativas e arrependimentos, aqui na Terra, onde o amor foi vivenciado pela primeira vez, é muitas vezes doloroso e distorcido. (Em uma estranha coincidência, enquanto eu dirigia para o estúdio do ProGnost, eu gritei para quem quer que estivesse escutando: "Qual é o ponto de ficar aqui sem amor?" Parece que Adamus já estava preparando a resposta!)
Ele explicou que Theos não está em algum lugar lá fora, em outro universo. É aqui mesmo, numa realidade apenas ligeiramente fora desta aqui; uma "freqüência" ou lugar na consciência diferente (minhas palavras). Ele explicou como podemos estar aqui neste velho planeta querido e, ao mesmo tempo, estar aqui em Theos.
Como ir daqui para, bem, aqui? Ah, Adamus diz isso muito melhor do que eu, mas a parte mais preciosa é construir a sua própria Ponte dos Sonhos para Theos; seu próprio caminho para o Amor. Isto me tocou profundamente e de alguma forma começou a desabotoar a estória que eu estava vivendo. (Dica de quem sabe das coisas: Assista à parte 2 do Master's Life e depois ao ProGnost 2017 para um novo nível de percepção e prazer.)
Eu nem sabia, entretanto, que, por mais extraordinária que fosse, o ProGnost estava apenas preparando o caminho para um novo tesouro. Apenas quatro dias depois, voltamos ao estúdio para gravar The Wound of Adam (A Ferida de Adão)*. Foi como se o ProGnost tivesse montado o palco e desvendado o maior esteio - a Ponte do Amor - e então A Ferida de Adão forneceu o roteiro; um conto épico de descoberta, desgosto, esperança e realização.
(*Disponível em 14 de fevereiro de 2017)
Eu mal posso começar a compartilhar o impacto que esse material teve sobre mim. Primeiramente, explicou tanto sobre o que aconteceu recentemente em minha vida. Então, ainda em um nível mais profundo, revelou a fonte dos problemas e dinâmicas que fizeram parte da minha experiência desde a infância. Nunca me sentindo bem o suficiente, uma sensação persistente de nostalgia, zombando de certas expressões de mim mesma - tudo explicado. Sempre procurando por amor, mas sempre frustrada com o que eu encontrei - agora fazia sentido.
O que faz o coração se entregar a algo que nunca pode satisfazer? Por que vem o anseio vazio roendo, mesmo quando a vida está cheia de tudo o que se deseja? Por que uma sensação de insatisfação que está escondida, mas nunca satisfeita? É a ferida de Adão, uma dor tão profunda que o leva ao desespero, mesmo enquanto busca implacavelmente seu amor.
Adão é um arquétipo dentro de você, não importa o seu sexo. Adão vive através de você, não importa a sua vida. O seu Adão procura sua Isis, não importa quem você ama e constantemente ele clama: "Onde está o amor? Onde está o meu amor?"
Uma questão tão profunda deve inevitavelmente trazer sua resposta e assim o faz.
E com a resposta vem o reconhecimento, o reencontro e a Realização.
Eu sei que você já ouviu "Está chegando" por um longo tempo agora, mas é como o amanhecer. Pode parecer demorar uma eternidade para chegar, mas nada em toda a criação pode pará-lo. Todas as tuas pesquisas, todos os teus anseios, todos os teus esforços serão respondidos no regresso ao lar, na reunião do Amor.
Talvez eu compartilhe mais de minhas experiências com A Ferida do Adão no próximo mês, depois que você tiver a chance de experimentar esta mensagem preciosa. Mas por ora, direi simplesmente, aqui está o Amor, tão suave e frágil, tão profundo e forte.
Este Amor foi insinuado nos atos e rituais mais amados da humanidade, mas eles só podem ser um reflexo fraco. Sentir apenas um traço desse Amor é perceber que cada desejo será cumprido; cada mágoa - causada apenas pelo esquecimento - agora curado pela lembrança e reencontro.
A vida mágica e sincrônica, meus amigos, é real. Mesmo as experiências mais devastadoras estão, sem exceção, a serviço para sua iluminação. Na verdade, conte suas estórias, mas segure-as levemente. Então diga as novas estórias de descoberta, regresso a casa e amor encontrado.
Aqui está o Amor. Tudo o resto segue.
Por favor, respeite os créditos ao compartilhar
DE CORAÇÃO A CORAÇÃO - http://www.decoracaoacoracao.blog.br
DE CORAÇÃO A CORAÇÃO - https://lecocq.wordpress.com
Tradução: Léa Amaral – lea_mga2007@yahoo.com.br
ADAMUS - MERABH DO THEO
(Trecho do shoud Kharisma 10)
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